terça-feira, março 28, 2006

Processo de Bolonha

Foi publicado o Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março que aprova o regime jurídico dos graus e diplomas do ensino superior, em concretização dos princípios da Declaração de Bolonha.

2 Comments:

Blogger Hugo Cunha Lança said...

E o prazo para a adequação dos cursos termina no dia 31/03!

O "Bolonha" significa uma extraordinária modificação da forma de ensinar e aprender, que irá mudar para sempre o Ensino Superior em Portugal.

Defensor dos principios do tratado, temo com tristeza que seja uma enorme oportunidade perdida, quiça, a ultima...

28 de março de 2006 às 17:27  
Blogger alnair said...

Bolonha ou o voo de Ícaro?

Sabemos hoje que é a capacidade de aprender como aprender que se apresenta como a melhor ferramenta que nos permite atravessar este período histórico com algum sucesso.

O ensino forma, por natureza e definição, hordas de seguidores. A educação como aprendizagem produz gestores da emergência. Uma educação para o séc. XXI tem de ser concebida de uma maneira muito diferente daquela que define a escola tradicional. Só a reinvenção da escola como espaço de aprendizagem nos pode ajudar a compreender este desafio que temos pela frente. Estaremos à altura?

Se o futuro, se o Séc. XXI, que no fundo é já o nosso presente se define pela cultura insaciável do desassossego, como formar jovens e adultos capazes de inventar o seu próprio viver, capazes de gerir a sua própria educação, compreendida, agora, como um processo interminável, capazes de interagir com o desassossego de um mundo em contínua transformação? Quais os currículos mais válidos? As disciplinas imprescindíveis? Quem determinará e segundo que critérios o que é verdadeiramente importante nos conteúdos determinados e previstos ontem e, por conseguinte, para ontem? Como gerir o amanhã com o saber de ontem? De facto, como ensinar o conhecimento?

O conhecimento não se transmite, conquista-se. Daí que caiba aos gestores e professores da escola reinventada uma função muito mais complexa do que aquela a que estavam habituados na escola tradicional: de transmissores do conhecimento a coordenadores das aprendizagens dos alunos.
O produto desta escola não é o aluno mas a proposta de trabalho que se faz ao aluno. É esta proposta de trabalho, de mudança e de transformação que deve estar naquilo que é a função da escola. Que não pode ser mais a de preparar jovens para ganhar a vida mas a de preparar pessoas para viver a vida.
A educação é, hoje, uma proposta para toda a vida. Não devemos esperar poder permanecer na mesma área profissional toda uma vida. A única segurança real numa economia e numa sociedade em fluxo é saber o suficiente para se ser capaz de mudar. Por isso precisamos de escolas que se preocupem mais com a sabedoria que com conhecimento, onde não haja divórcio entre realidade e curriculo.

Hoje, a propósito de Bolonha, o meu pensamento voou várias vezes ao encontro de dois "Mestres" que tive e com quem ensaiei "O novo voo de Ícaro": Joaquim Coelho Rosa e Rúben de Freitas Cabral.
Obrigada!

28 de março de 2006 às 23:34  

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