À Amizade II
“(…) Eu olhei para o meu amigo sem querer acreditar enquanto ele contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos.
Ele tinha planeado suicidar-se naquele fim-de-semana.
Contou a todos como tinha esvaziado o seu armário na escola, para que a mãe não tivesse que fazer isso depois de ele morrer, e estava a levar as suas coisas todas para casa.
Ele olhou directamente nos meus olhos e deu-me um pequeno sorriso.
“Felizmente eu fui salvo. O meu amigo salvou-me de fazer algo inominável”.
Eu observava, com um nó na garganta, todos na plateia, enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza.
E vi a mãe e o pai dele a olharem para mim e a sorrir com aquela mesma gratidão.
Até aquele momento eu nunca me tinha apercebido da profundidade do sorriso que ele me dirigiu naquele dia.
Nunca subestimes o poder das tuas acções. Com um pequeno gesto podes mudar a vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior.
Deus coloca-nos a todos na vida uns dos outros para que tenhamos um impacto um sobre o outro de alguma forma.
Procura o bem nos outros.”
Albano Fialho
Ferreira do Alentejo, 20 de Maio de 2006
Ele tinha planeado suicidar-se naquele fim-de-semana.
Contou a todos como tinha esvaziado o seu armário na escola, para que a mãe não tivesse que fazer isso depois de ele morrer, e estava a levar as suas coisas todas para casa.
Ele olhou directamente nos meus olhos e deu-me um pequeno sorriso.
“Felizmente eu fui salvo. O meu amigo salvou-me de fazer algo inominável”.
Eu observava, com um nó na garganta, todos na plateia, enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza.
E vi a mãe e o pai dele a olharem para mim e a sorrir com aquela mesma gratidão.
Até aquele momento eu nunca me tinha apercebido da profundidade do sorriso que ele me dirigiu naquele dia.
Nunca subestimes o poder das tuas acções. Com um pequeno gesto podes mudar a vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior.
Deus coloca-nos a todos na vida uns dos outros para que tenhamos um impacto um sobre o outro de alguma forma.
Procura o bem nos outros.”
Albano Fialho
Ferreira do Alentejo, 20 de Maio de 2006
posted by alnair at 12:44
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2 Comments:
Integrei a turma juntamente com o Luís Rocha, já no terceiro ano. A minha intuição disse-me que estava na presença de uma “boa” turma. Não me enganei. Gostei de todos de imediato e todos, sem excepção, me receberam e acarinharam. Nos primeiros dias vivi a dúvida se teria sido uma boa opção ter regressado à Moderna porque tudo ali me parecia caótico. Vivi a indecisão até ao momento em que na aula de apresentação de Direito das Obrigações, ouvi do Dr. Palma Lopes a seguinte frase: “…as dificuldades são muitas, mas mais importante que tudo é a certeza de que Deus nos ama”. Soube, nesse momento, que estava no sítio certo.
E hoje sei, também, que por muito que fuja, que evite, que contorne, que me escape e que me esquive, o “destino” escreveu, há muito, tudo isto.
Que se cumpra, pois!
Quero deixar-vos um abraço grande, grande…
…para TODOS, e em especial para a Sónia, o meu porto seguro. Também para a Silvinha e para o João que sempre me socorrem com apontamentos e livros. Abraço que se estende igualmente à Ana Rita que não permite que nada me falte, sobretudo, a cumplicidade ;). E por último, mas jamais em último, para o Luís Rocha pela infinita paciência que tem comigo.
É verdade amiga. Faço minhas muitas das tuas palavras. Ingressei na turma um pouquinho antes, no segundo ano, mas também fui muito bem recebida.... e apesar de, lamentavelmente, ir muito poucas vezes às aulas, acho que há um bom ambiente. Claro que com o aproximar dos exames fica tudo mais nervoso e talvez menos tolerante, mas a vida é mesmo assim.
Bonitas palavras nas transcrições dos discursos do dia 20 de Maio.
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