Indonésia considerada culpada de crimes contra a humanidade em Timor-Leste
Noticía o Público que:
"A Indonésia foi considerada culpada de crimes contra a humanidade durante os anos de ocupação de Timor-Leste, ao longo dos quais se calcula que tenham morrido mais de 180 mil civis. Um relatório de várias organizações de defesa dos direitos humanos, publicado hoje na imprensa australiana, refere atrocidades como Privação de alimentos, tortura e violência sexual.
A política indonésia em relação a Timor-Leste causou a morte a milhares de pessoas (entre 84 e 183 mil, entre 1975 e 1999), ou um terço da população total, afirma o relatório elaborado pela Comissão de Apuramento, Verdade e Reconciliação (CAVR) sobre as atrocidades cometidas durante os anos de ocupação.
O relatório será apresentado amanhã pelo Presidente timorense, Xanana Gusmão, em Nova Iorque, ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Mais de 90 por cento das vítimas acabaram por morrer devido à fome e às doenças, indica o documento, do qual o jornal "The Australian" obteve uma cópia. As forças de segurança indonésias "decidiram conscientemente utilizar a privação de alimentos como uma arma de guerra". "A imposição intencional de condições de vida que não podiam ser suportadas por dezenas de milhares de timorenses equivale a um extermínio que configura um crime contra a humanidade", avança ainda o documento.
De 18.600 crimes ou desaparecimentos relatados em Timor-Leste durante a ocupação, a polícia e o Exército indonésio foram considerados culpados em 70 por cento dos casos. O relato detalha ainda a forma como os soldados indonésios utilizaram napalm e armas químicas para envenenar os alimentos ou as reservas alimentares de Verão, em 1975, durante a invasão da antiga colónia portuguesa, que se tornou independente em 2002.
O relatório foi redigido a partir de testemunhos de oito mil pessoas e de notas do Exército indonésio e dos serviços secretos de vários países.
O documento dá ainda conta de milhares de execuções sumárias, torturas, casos de vítimas queimadas e enterradas vivas e mutilações genitais. Milhares de mulheres foram violadas e agredidas sexualmente durante a ocupação.
A Indonésia ocupou Timor-Leste em 1976, com a conivência de grandes potências como os Estados Unidos da América e a vizinha Austrália. Mas a brutalidade da ocupação indonésia e a sua guerra contra o movimento separatista, a Fretilin, provocou uma onda de solidariedade na comunidade internacional, que acabou por levar à realização de um referendo para a independência, em 1999, no qual a população se manifestou a favor da libertação da tutela indonésia."
"A Indonésia foi considerada culpada de crimes contra a humanidade durante os anos de ocupação de Timor-Leste, ao longo dos quais se calcula que tenham morrido mais de 180 mil civis. Um relatório de várias organizações de defesa dos direitos humanos, publicado hoje na imprensa australiana, refere atrocidades como Privação de alimentos, tortura e violência sexual.
A política indonésia em relação a Timor-Leste causou a morte a milhares de pessoas (entre 84 e 183 mil, entre 1975 e 1999), ou um terço da população total, afirma o relatório elaborado pela Comissão de Apuramento, Verdade e Reconciliação (CAVR) sobre as atrocidades cometidas durante os anos de ocupação.
O relatório será apresentado amanhã pelo Presidente timorense, Xanana Gusmão, em Nova Iorque, ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Mais de 90 por cento das vítimas acabaram por morrer devido à fome e às doenças, indica o documento, do qual o jornal "The Australian" obteve uma cópia. As forças de segurança indonésias "decidiram conscientemente utilizar a privação de alimentos como uma arma de guerra". "A imposição intencional de condições de vida que não podiam ser suportadas por dezenas de milhares de timorenses equivale a um extermínio que configura um crime contra a humanidade", avança ainda o documento.
De 18.600 crimes ou desaparecimentos relatados em Timor-Leste durante a ocupação, a polícia e o Exército indonésio foram considerados culpados em 70 por cento dos casos. O relato detalha ainda a forma como os soldados indonésios utilizaram napalm e armas químicas para envenenar os alimentos ou as reservas alimentares de Verão, em 1975, durante a invasão da antiga colónia portuguesa, que se tornou independente em 2002.
O relatório foi redigido a partir de testemunhos de oito mil pessoas e de notas do Exército indonésio e dos serviços secretos de vários países.
O documento dá ainda conta de milhares de execuções sumárias, torturas, casos de vítimas queimadas e enterradas vivas e mutilações genitais. Milhares de mulheres foram violadas e agredidas sexualmente durante a ocupação.
A Indonésia ocupou Timor-Leste em 1976, com a conivência de grandes potências como os Estados Unidos da América e a vizinha Austrália. Mas a brutalidade da ocupação indonésia e a sua guerra contra o movimento separatista, a Fretilin, provocou uma onda de solidariedade na comunidade internacional, que acabou por levar à realização de um referendo para a independência, em 1999, no qual a população se manifestou a favor da libertação da tutela indonésia."
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