domingo, maio 28, 2006

Maresias, Jasmins e Rosas Bravas II

“ É sempre muito difícil soltar as rédeas à imaginação quando se erguem as nossas circunstâncias, os nossos temores e pré (conceitos), pois “a nossa cultura é uma cultura de fazer, em vez de esperar, de permitir, ou ser apenas”. A nossa tradição provinda de Roma, Atenas e Jerusalém impõe-nos a máscara (o parecer), em detrimento do ser. Se deixarmos um pouco de lado a sabedoria e os métodos decorrentes dos paradigmas aceites, talvez possamos vislumbrar uma outra “via” que se aproxime do nosso Ego mais profundo e promova a expansão da alma numa perspectiva holística e, mais abrangente…
(…)
Como expressivamente disse Emerson “só um poeta sabe astronomia” porque sente o quarto crescente, a estrela da manhã, o sol no meio céu, os anéis de Saturno, e intui o “despertar dos mágicos” olhando as estrelas que iluminam o mar e, num caleidoscópio de maresias, jasmins e rosas bravas, sons e imagens, projecta-se nas antigas, presentes e futuras madrugadas…
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E o tempo é só o vento que passa, e que volta, enquanto o nosso eu profundo, tal como a neve, “bate leve, levemente…” e continua chamando por nós, enquanto o som do silêncio projecta o seu eco no infinito…

É o que poderia desejar, com alma, coração e vida a todos nós e, em especial, aos meus queridos afilhados: SONHOS DE INFINITO E BRANCAS MADRUGADAS.”


Dr. Palma Lopes
Beja, 20 de Maio de 2006

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